domingo, 31 de janeiro de 2010

Por que tristeza?

Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar (...)
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor


Como o poeta Vinícius de Moraes sabia muito bem, a vida é uma dádiva, um presente entregue graciosamente por Deus a cada um de nós, pronta para nos ensinar e nos fazer melhores.

A felicidade, fluída e delicada como a gota de orvalho, é um bem delicado, frágil, que devemos zelar e cuidar, sob a pena de não sermos mais merecedores de sua Graça.

Sentir a felicidade desta forma está longe, muito longe, de sermos amargos, pessimistas. Ao contrário, fazê-lo é respeitar, reverenciar a vida.

Como nos versos do poeta, a felicidade requer boa vontade e energia de cada um de nós, empenhados em tê-la ao nosso lado. Ações, visões, transformações são imperativas, a cada dia, a cada segundo de nossas vidas, para termos a Felicdade ao nosso lado. A Tristeza não.

Cabe aos acomodados, inertes na vida, contemplarem a tristeza de forma passiva, amargurados em sua auto-piedade de que, como em um destino perverso, as sombras de suas decepções o acompanharão.

A Felicidade é algo que se alcança. A Tristeza é algo que se acompanha.

Ser feliz ou ser triste, antes de qualquer coisa, reside com que gana, com que chama seguimos na vida.

Cuidar com zelo do nosso presente divino - a vida - e respeitar seus obstáculos e antes de mais nada buscar a felicidade, final ela é leve como uma pluma e precisa qua haja vento sem parar.

Carta Anônima

Nora,

Te escrevo hoje por uma razão simples, corriqueira mas às vezes tão complicada para nós: te amo.

Sei que há um despropósito nisso tudo, uma sem-razão de existir, mas ainda assim, te amo, e é simples assim.

Sei que pode parecer superficialidade minha dizer isso assim, sem entorno, sem ambiente - pode paracer frugal e leviano, mas as coisas simples não requerem complexidades para serem ditas com verdade.

As minhas ausências e os meus esquecimentos podem - aparentemente (digo!) - contradizer minhas linhas acima, mas acredite! É real.

Mãe, tenho certeza de que me ama de maneira totalmente diferente da forma que te amo.

O amor é cheio de expectativas, de cobranças e sinto o quanto te decepciono e te iludo, o quanto te entristeço ao não ser quem você esperava que eu fosse.

Te amo com ternura, te amo com as lembranças de carinhos e brincadeiras de um infância que não volto mais.

Mas as nossas escolhas nos fizeram independentes, a parte, e assim é meu amor por você.

Entendo sua frustação, sua tristeza, ao me sentir distante da filha presente e companheira que você tanto sonhou. mas não nos culpemos.

Decidimos, em cada pequeno ato que tomamos no passado presente, que as coisas seriam assim.

Não temos que nos cobrar (e nos culpar) que as coisas sejam diferentes, pois não serão. Não se reconstrói um tempo que já passou.

Temos sim que boiar, nos soltar no amor que sentimos uma pela outra.

Um amor de hoje, um amor real, e não um amor que sonhamos ter.

Nunca se esqueça disso, mãe...liberte-se e seja feliz.

Beijos de sua filha

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A Morte do Romantismo

Não, não decretei a morte do romantismo.

Não, não sou uma daquelas pessoas amargas, cercadas por desilusões, e tão deprimidas que desejam espalhar a sua 'peste' para tudo e todos...

Mas um pensamento me acompanha...será que vale a pena saber a verdade? Verdade sobre as pessoas, sobre seus sentimentos? Verdades sobre nós mesmos?

Será que descobrir a realidade, nua e crua, e não uma 'realidade' inventada, onde nossos desejos se transmutam em concreto, é perder o romantismo, é perder uma doce ingenuidade?

A cada nova descoberta que faço sobre as engrenagens da vida - o que leva as pessoas a determinadas ações, o desvendar de mentiras, de falsidades - me sinto amargamente feliz por saber que agora sou melhor, mais experiente e realista.

Mas a devassidão causada por estas descobertas - que sujam e devastam a nossa alma - me fazem crer que nada assim é tão belo. Que nada é assim tão lírico, romântico.

Se um homem é capaz de usar belas palavras apenas para levar uma garota para a cama, assim como uma mulher se permite exibir seu corpo para conseguir favores, onde estará o romantismo?

Não há pessoa perfeita, isso é fato, e mesmo a mais bem intencionada das criaturas comete suas falsidades e deslizes...então não poderíamos acreditar no amor?

Esse sentimento por muito tempo me confundiu e hoje, mais calma, percebo que o preço por correr em busca da verdade é alto, mas nos traz a certeza de que quando encontrarmos o amor, este será concreto, real e não uma ilusão.

E aí então poderemos re-viver o Romantismo.

 
Fractal 
a expressão de que o que parece complicado pode ser simples

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Complicado?

Carrego comigo uma certeza: não é possível que a vida, o universo seja tão complicado assim!

Todas as coisas realmente eficientes, que funcionam são fáceis de compreender em suas essências, em suas engrenagens. É claro que me refiro à ' Casa de Máquinas' das estruturas, ou seja, o porquê, o propósito das coisas.

Os 'comos', estes sim podem ser complicados. Como o universo surgiu, como seria uma viagem no tempo ou como uma célula se divide, isso sim é tudo muito complicado. mas o porquê disto tudo certamente possui uma simplicidade que nos supreende. Para além do mundo exterior, onde buscamos explicações para todos os fenômenos, esta simplicidade também se estende ao nosso mundo interior, de cada um de nós

Quantas vezes não tentamos buscar uma explicação para um evento, um acontecimento e de repente nos deparamos com uma verdade simples e cristalina, que nos choca com a sua obviedade...e pensamos:
É claro! Só podia ser assim!
O óbvio só depende da nossa visão, do quão sóbreos estamos para enxergar além do que está à frente dos nossos prórpios olhos. O universo, as pessoas, os sentimentos, tudo é simples, tudo é claro e, especialmente, a verdade sobre elas sempre esteve e sempre estará bem na frente dos nossos olhos. Só cabe a nós desejar verdadeiramente abrir os olhos...e ver

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